Tudo começou lá atrás, aos 17 anos, no último ano da escola, quando escolhi pela Medicina. Minha trajetória não foi das convencionais; em que desde pequenos, muitos já sabem que querem ser médicos. Foi um processo gradual, construído ao longo do tempo, e quase aos 45 minutos do segundo tempo, optei pela medicina.

Meu irmão, já médico na época, tinha uma rotina que eu acompanhava de perto. Sempre fui fascinada por Biologia, e ao combinar todos esses elementos, decidi seguir essa carreira no vestibular. Mas não foi fácil.

Foram três longuíssimos anos de preparação para o vestibular. Mas com certeza foi uma escolha certa!

Fiz minha graduação na Faculdade de Medicina do ABC, onde logo percebi que não queria seguir a área cirúrgica. Durante o internato nos dois últimos anos, período em que realizamos estágios práticos, fiquei dividida entre Clínica Médica e Pediatria. Foi então que as crianças me cativaram, não apenas pelo conteúdo e pelas doenças em si, mas pela maneira como enfrentam o atendimento, com sua espontaneidade. Elas não fingem estar doentes.

Ah, e não podemos nos esquecer das frases clássicas: “Dra., você olha minha garganta, mas não vai colocar o palitinho?!”, “Essa blusa que você está usando é igualzinha à da minha princesa favorita”, “Dra., seu pai deixa você dormir aqui de madrugada?”.

Enfim, mesmo as crianças em condições graves têm uma incrível capacidade de recuperação, com baixo risco de sequelas. Isso é simplesmente impressionante! E assim, a Pediatria conquistou meu coração. Sou imensamente feliz com essa escolha!

Após concluir a graduação em 2020, ingressei diretamente na Residência Médica na mesma instituição, onde aprofundei meus conhecimentos em pediatria durante três anos. Foram horas de estudos, plantões, estágios práticos, provas e inúmeros pacientes que me ensinaram e moldaram a pediatra que sou hoje, além de me inspirarem a querer melhorar cada vez mais!